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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Mitos e Verdades sob a CIRURGIA BARIÁTRICA.

        Quem já passou ou pretende passar pelo processo de cirurgia de obesidade, sabe que a formula não é magica, e depende  muito da força de vontade, exercícios físicos e alimentação balanceada, para que o sucesso seja constante. 

Somente a Operação não basta:

              Embora eficaz na maioria dos casos, a operação não é suficiente sem a colaboração do paciente, mesmo com a capacidade do estômago reduzida, a pessoa operada terá que fazer uma reeducação alimentar e praticar exercícios físicos. Além disso, há necessidade de acompanhamento médico por um longo período. A orientação nutricional e psicológica (em caso de transtornos, como a compulsão alimentar) também faz parte do pós-operatório.  Por isso, os médicos enfatizam que tanto o paciente como sua família precisam estar conscientes disso para que o tratamento seja bem-sucedido.

A cirurgia bariátrica é irreversível - MITO :A reversibilidade da cirurgia ou até conversão para outra técnica é capaz e pode ser realizada mesmo com a extração de parte do estomago ou intestino, informa o cirurgião Almino Ramos, presidente da (SBCBM).
 O paciente deve apresentar doenças associadas a obesidade, para ser apto a cirurgia - VERDADE: O objetivo de qualquer cirurgia bariátrica e metabólica é a solução ou pelo menos controle das doenças associadas...


Após a colocação de balão gástrico, o paciente pode comer de tudo - PARCIALMENTE VERDADE: Desde que com moderação, tudo é permitido, mais com bom senso, porem como o objetivo é a perda de peso deve se limitar alimentos com calorias mais altas.

Somente pessoas com IMC acima de 35, podem fazer a cirurgia - MITO: A avaliação é pessoal. e ja se discute operação em pessoas com diabetes tipo 2, que não conseguem controlar a doença, explica o Dr. Almino Ramos.


O Paciente deve tentar outros métodos antes da cirurgia - VERDADE: A cirurgia somente é indicada quando tratamentos clínicos são falhos...



O paciente pode engordar novamente apos a cirurgia - PARCIALMENTE VERDADE: A reeducação é essencial para o exito da cirurgia, e o estomago pode dilatar, porem os velhos hábitos, alimentos calóricos, gordurosos e doces, bebidas alcoólicas   (principalmente),  e ainda associadas a falta de exercícios físicos...

Após a cirurgia o paciente precisará repor vitaminas para o resto da vida - PARCIALMENTE MITO: A reposição de vitaminas é extremamente necessária nos primeiros meses de pós cirúrgico, após se o paciente manter uma alimentação equilibrada e saudável, associada de atividade física e apos  avaliação do seu médico ela pode ser descontinuada...
Mulheres podem engravidar após a cirurgia - VERDADE: Aconselhável apos 18 meses de cirurgia, após a estabilização do peso a mulher pode engravidar, Inclusive a perda de peso contribui com a hipertensão gestacional, riscos de diabete e outros problemas...


O acompanhamento psicológico é indicado apenas para quem come compulsivamente - MITO: Alem da compulsão, existe outros transtornos que podem estar ligados a obesidade, nos quais um paciente pode se beneficiar do tratamentos psicologico, como depressão entre outros...

Depois de perder peso o paciente precisará de cirurgia corretiva - MITO: Não são todas as pessoas que precisam de cirurgia corretiva, cada caso é um caso e deve ser analisado por um especialista... 


Ao comer alimentos doces e gordurosos, os paciente que fazem a cirurgia, de distúrbios, tonturas, sudorese, diarreia e queda de pressão - PARCIALMENTE VERDADE: Estes sintomas se dá o nome de dumping, e embora a maioria dos pacientes reclame com frequência, eles podem sumir com o passar do tempos... O dumping nada mais é do que um sinal de alerta que sua dieta não esta correta...

Quem faz a cirurgia, sofre de diarreia e náuseas com frequência - MITO: De maneira geral o paciente leva uma vida normal, mais algumas técnica podem no começo gerar tal desconforto, porem também não são mais usadas...

 Quem faz a redução de estomago, pode gerar comportamento compulsivo ou depressão- MITO: A operação em si, não muda o comportamento ou gera depressão no paciente, porem com a mudança na rotina de vida, grande perda de peso e restrição alimentar, podem causar uma descompensação emocional... Para isto é fundamental o acompanhamento psicológico, principalmente pacientes que já apresentaram quadro depressivo, ou comportamento compulsivo...

                        Estes são alguns dos mitos e verdades, e algumas duvidas, que os pré e pós operatiório podem ter...

Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica:.
Esta reportagem pode ser vista na integra no link:
http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2014/02/24/cirurgia-de-reducao-de-estomago-so-e-eficaz-se-o-paciente-mudar-habitos.htm#fotoNav=23







quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Consequências Inesperadas provocadas pela Cirurgia Bariátrica

Poucas sensações são tão desagradáveis para um obeso quanto entrar em uma loja e, mesmo sem dizer uma palavra, ser prontamente informado pelos vendedores de que, “infelizmente, não há roupas que sirvam”. Após a cirurgia bariátrica (a popular redução de estômago), contudo, desconfortos como esse dão lugar a elogios, autoestima elevada e uma nova vida, em que a balança não representa mais um pesadelo. Não é, contudo, sempre assim. Segundo uma pesquisa feita por médicos da Universidade de São Paulo (USP), do Programa de Atenção aos Transtornos Alimentares (Proata) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), vários estudos feitos na última década apontam que, cada vez mais, pacientes que se submetem ao procedimento têm apresentado comportamentos compulsivos, depressão e, em casos extremos, chegam a cometer suicídio — mesmo estando magros como sempre sonharam. 

Paulo Sallet, médico assistente do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP e um dos autores do trabalho, conta que a compilação de informações sobre o acompanhamento psicológico pós-cirurgia surgiu a partir de 12 anos de observação dos pacientes operados. Segundo ele, embora grande parte deles tenha efetiva melhora de condições clínicas e funcionais, como menos risco de morrer por doenças cardiovasculares (-56%), câncer (-60%) e diabetes (-92%), alguns podem apresentar complicações psicossociais. “Fatores como autoimagem corporal, traços de personalidade e presença de compulsão alimentar prévios à intervenção, dentre outros, têm sido implicados na evolução e no prognóstico desses pacientes”, completa Sallet. Entre os problemas, está o aumento do transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP), complicação mais recorrente nos pacientes da cirurgia. 

Por outro lado, o médico diz que, em alguns casos, é possível que condições psiquiátricas prévias se agravem, ou até mesmo novas doenças surjam após a cirurgia. “Provavelmente, essas novas patologias são resultantes de fatores como necessidade de adaptação psicossocial à nova condição e de alterações psíquicas decorrentes de deficit nutricional”, detalha Sallet. Segundo o estudo, de 20% a 70% das pessoas que procuram a cirurgia têm histórico de transtornos mentais. 

Qual seria, então, a ligação entre essas doenças e a obesidade? Seria o excesso de peso o responsável pelo sofrimento psicológico ou são os problemas psíquicos que induzem a um estilo de vida alimentar e comportamental que leva ao aumento de peso? De acordo com o médico, as duas coisas — e mais um pequeno, porém importante, detalhe: a genética. “Para que se tenha uma ideia, a taxa de concordância de obesidade em gêmeos fraternos é descrita como em torno de 20% a 30%, enquanto que em gêmeos geneticamente idênticos ela sobe para 70% a 80%”, exemplifica.

Preparação 
Antes de se submeter à cirurgia bariátrica, além de meditar sobre as mudanças desejadas, Tulio Marcos da Cunha, médico-cirurgião do aparelho digestivo e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), explica que os aspirantes a pacientes devem passar por exames pré-operatórios fundamentais. Os testes consistem em avaliações nutricionais, cardiológicas e endocrinológicas. “E um deles é a avaliação psicológica, na qual os médicos avaliam e preparam o obeso para o procedimento”, complementa o médico. Ao todo, os pacientes precisam esperar de dois a seis meses até que todos os testes sejam concluídos. 

Muitas vezes subestimado, especialmente após a cirurgia, Cunha salienta que o acompanhamento psicológico não é uma maneira de dar dicas sobre como ser magro. O objetivo principal, na verdade, é acompanhar o processo de adaptação da operação ao modo de vida do paciente. “É importante que fiquem claros os objetivos do tratamento e a parte do próprio paciente, ou seja, no que ele vai precisar colaborar”, acrescenta. Paula Luciana da Silva, psicóloga clínica que atua no acompanhamento de pacientes bariátricos, reforça: essa colaboração não pode ser deixada de lado um minuto sequer. “Não trabalho com expectativa de alta, porque, a partir do momento que estabelecemos um tempo, podemos negligenciar alguns dados”, completa. 

Esses dados podem ser cruciais para que o ex-obeso, realmente, adapte-se à nova vida sem sofrimento. É no consultório do psicólogo que eles entenderão o papel da comida em suas vidas e, principalmente, como vencer eventuais frustrações sem precisar dela como muleta. “A pessoa está operando o estômago, não a história de vida”, comenta a psicóloga. Ainda que não volte a engordar, ela salienta que os conflitos continuam ali e precisam ser trabalhados. “Eles têm medo de errar e a cobrança fica maior. Aí vem a frustração, que pode desencadear compulsões.”

“Na cabeça”
Desde que fez a cirurgia bariátrica, há um ano e oito meses, Vanessa Steiner, 39 anos, não passa mais apuros quando precisa comprar roupas. Na verdade, agora ela se policia para acertar a própria numeração. “Sempre peço números maiores. Você emagrece e não se vê magra”, justifica. Se, antes, a engenheira era “ignorada” pelas outras pessoas, agora ela conta que a realidade é bem diferente: de repente, começou o assédio masculino — e até mesmo a desconfiança de amigas casadas ou compromissadas. “Antes, você era a gordinha simpática. Agora, você é uma ameaça.”


De todas as dificuldades que enfrentou para se adaptar ao novo corpo, Vanessa conta que as mais tortuosas se passaram dentro de sua própria mente. “Tudo de ruim que acontece comigo, desconto nos doces”, resume. “O sentimento que tenho é de estar viciada. Vejo reportagens sobre drogados e me enxergo neles.” Mesmo com o acompanhamento psicológico, ela reconhece que superar antigos traumas e novas obsessões é uma tarefa a ser cumprida a longo prazo. “As pessoas trocam comida por outras coisas, como comprar sem parar e ficar viciado em sexo. No meu caso, a compulsão continuou. Por isso, acho que a cirurgia deveria ser na cabeça”, brinca.

Ao contrário de Vanessa, Bianca Torres, 48 anos, conta que não teve problemas de adaptação, nem antes nem depois da cirurgia. “Isso só acontece com pessoas que não foram bem orientadas pela equipe médica”, sustenta. Para se preparar para a operação, Bianca leu sobre os prós e os contras por sete anos antes de se decidir. Se antes da operação a pedagoga já se considerava uma “gordinha bem resolvida”, quatro anos depois da intervenção ela é só autoestima. Sobre amigas que passaram a gastar o salário com lingeries e sapatos aos homens que se tornaram mulherengos, Bianca tem uma opinião forte: falta informação. “A cirurgia é apenas um coadjuvante no processo de emagrecimento”, ensina. “Passamos de obesos a pessoas normais, e elas também têm que se controlar para não engordar.”

Dados preocupantes

Os autores do trabalho brasileiro citam outro estudo, feito em 2007 por pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, que ilustra a incidência de mortes entre pessoas que passaram pela cirurgia. Segundo os americanos, mortes associadas a acidentes e/ou suicídio são 58% maiores em indivíduos no estágio pós-cirúrgico quando comparados aos que não fizeram a operação — isso sem contar os óbitos associados a comportamentos impulsivos, como bulimia e acidentes de trânsito. A maior parte dos suicídios se deu após apenas um ano da intervenção.

Mais e mais rapidamente
Como o próprio nome sugere, o transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP) caracteriza-se por episódios em que a pessoa passa a se alimentar compulsivamente, em quantidades significativamente maiores que indivíduos normais consumiriam. Além de comerem desenfreadamente, pacientes com o transtorno comem mais rápido que o normal e, geralmente, o fazem sozinhos, com vergonha do julgamento alheio. Após as crises, é comum sentir-se angustiado e frustrado. Sentir-se mal consigo mesmo, deprimido ou com culpa em excesso também é consequência comum — o que, obviamente, influencia no bem-estar psicológico dessas pessoas. Embora tenha sido observado principalmente em pessoas obesas, o transtorno também acomete indivíduos com peso normal.

(Texto retirado da internet, Vale a pena ler -  publicação de Marcio Augusto - Facebook)